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segunda-feira, 14 de junho de 2010

A conectividade gera sucesso!

A conectividade gera sucesso!


Prof. Chafic Jbeili – http://www.unicead.com.br/

Qualquer produção significante só é possível mediante alguma conectividade. O que poderá produzir a melhor equipe de colaboradores se não estiverem conectados entre si? Que aprendizado poderá promover a melhor equipe de educadores se não estiver em conectividade com os educandos? Quão efêmeros serão os relacionamentos social, conjugal, educacional ou profissional se as pessoas não se dispuserem a conectar-se entre si?
A falta de conectividade pode gerar a esterilidade que sobra nas mais rotineiras produções, palavras e ações.
Conectividade é um estado de união entre duas ou mais pessoas formando uma rede interativa e sinérgica. A conectividade requer influência mútua, ação recíproca, às vezes em tempos distintos e às vezes simultâneos. Sem conectividade não há afinidade e sem afinidade não pode haver vínculos, e sem vínculos não pode haver comunicação eficaz que, por sua vez, causa a essencial comunhão produtiva. Sem conectividade entre as partes teoricamente comprometidas não haverá proveito em quase nada que se produza de fato, de verdade e de direito.
Tudo que acontece fora do habitual e, por alguma razão, parece fundir uma pessoa a um objeto ou a outra(s) pessoa(s) é conectividade. As experiências mais marcantes e duradouras são oriundas de relações conexas e bem engendradas: O educando que apreende a lição e se apaixona pela matéria lecionada; os enamorados que se alimentam da lembrança um do outro; o turista que para extasiado ante a deslumbrante paisagem; o leitor que se apega ao livro etc.
Conectividade gera o insight produzido no cenário analítico; gera a química da paixão à primeira vista; gera a identificação do fã com seu ídolo; gera o religare entre o homem e Deus; gera a compreensão do educando que elabora o ensinamento mediado pelo mestre que leciona; gera no vendedor de sucesso a satisfação da necessidade real de seu cliente; gera no leitor o fascínio pela história escrita; gera no líder a disposição de servir, mais do que ser servido.
O entusiasmo e o afeto sustentam a conectividade até certo ponto, depois é a conectividade que sustentará ambos.
Quanto menos conectividade mais sem graça e irrelevante serão os objetos e os indivíduos. Mais apáticas serão as relações pessoais, tal qual mais insignificante serão para si as pessoas conhecidas, quem dirá as estranhas. Quanto mais conectividade, mais fascinante será aquilo que se faz e muito mais vibrantes serão as relações, seja entre par educativo, entre sócios empresários, entre colegas de trabalho, entre consortes e até entre estranhos no primeiro contato.
Conectividade exige tempo de qualidade, apreço, empatia, simpatia, humildade, desprendimento e generosidade, tudo junto, traduzido no gesto de parar e pensar o outro como jóia de diamante na vitrine da vida. Exige ouvir o outro nas brechas de seu silêncio. Exige ler o outro em suas expressões não verbais. Quem tem esse preparo? Quem tem essa disposição? Quem quer ser o expectador do diamante ou o leitor do livro quando na verdade a maioria quer ser o diamante cobiçado ou livro apreciado? Um objeto não anseia outro objeto, pessoas sim! Por isso perdem frequentemente a conectividade.
A conectividade que nos falta é fruto de uma vida corrida, absurda e irracionalmente competitiva, mas também de uma cultura hipócrita, cujas crianças são educadas para se darem bem sempre, a despeito do que façam, desde que pareçam socialmente admiráveis e respeitáveis. Esmeram-se na arte da esquiva e dissimulação, mais do que na conectividade.
Conectividade gera completude e bom senso, enquanto a desconexão gera individualidade, no sentido mais pejorativo e egoísta da palavra. A pessoa conectada é mais assertiva em suas colocações e intervenções, enquanto a pessoa desconectada mal sabe a hora de falar ou de calar, cometendo toda sorte de ações desastradas e indiscrições. Isso vale para a sala de aula em colapso; para o improdutivo grupo de trabalho ou para o matrimônio em convulsão. é tudo falta de conectividade!
A desconexão entre pessoas é uma estratégia vigarista para fragilizar os grupos de influência. Essa estratégia interessa muito a quem precisa de pessoas fracas, indecisas, vulneráveis e suscetíveis ao sugestionamento.
As personalidades mais expressivas e mais bem sucedidas da história da humanidade mantinham elevada qualidade de conectividade com as pessoas à sua volta, com suas metas pessoais e com os interesses comuns mais sublimes. A conectividade é quem torna sublime aquilo que se é e que se faz em conjunto e fortalece as pessoas dos grupos de influência.
Quer ainda mais sucesso e prosperidade em sua vida espiritual, amorosa, acadêmica ou profissional? Então conecte-se! Invista ainda mais em conectividade com as pessoas à sua volta e envolva-se com seus interesses comuns mais nobres.

Com conectividade,


Prof. Chafic Jbeili

Consultor vivencial, Psicanalista, Psicopedagogo e Escritor.

CONSULTORIA - CURSOS - OFICINAS - PALESTRAS

Formação continuada e qualificação profissional

e-mail: chafic.jbeili@gmail.com

www.chafic.com.br
www.unicead.com.br

domingo, 6 de junho de 2010

Quando a escola é de vidro

Quando a escola é de vidro




Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito.
Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes...

Eu IA pra escola todos OS dias de manhã e quando chagava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro.

É, no vidro!

Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não!

O vidro dependia DA classe em que a gente estudava.



Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho.

Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior.

E assim, OS vidros iam crescendo á medida em que você IA passando de ano.

Se não passasse de ano era um horror.

Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado.

Coubesse ou não coubesse.

Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros.

E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.



Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era confortável.

Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, ás vezes até batiam no professor.

Ele ficava louco DA vida e atarrachava a Tampa com força, que era pra não sair mais.

A gente não escutava direito o que OS professores diziam, OS professores não entendiam o que a gente falava...

As meninas ganhavam uns vidros menores que OS meninos.

Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabia nos vidros, se respiravam direito...



A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física.

Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros.

As meninas, coitadas, nem tiravam OS vidros no recreio. E na aula de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito nenhum para Educação Física.

Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em Casa.

E alguns meninos também.

Estes eram OS mais tristes de todos.

Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma tristeza!



Se agente reclamava?

Alguns reclamavam.

E então OS grandes diziam que sempre tinha sido assim; IA ser assim o resto DA vida.

Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado vidro, até pra dormir, por isso que ela tinha boa postura.

Uma vez um colega meu disse pra professora que existem lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças podem crescer a vontade.

Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunistas. Ou até coisa pior...



Tinha menino que tinha até de sair DA escola porque não havia jeito de se acomodar nos vidros. E tinha uns que mesmo quando saíam dos vidros ficavam do mesmo jeitinho, meio encolhidos, como se estivessem tão acostumados que até estranhavam sair dos vidros.

Mas uma vez, veio para minha escola um menino, que parece que era favelado, carente, essas coisas que as pessoas dizem pra não dizer que é pobre.

Aí não tinha vidro pra botar esse menino.

Então OS professores acharam que não fazia mal não, já que ele não pagava a escola mesmo...



Então o Firuli, ele se chamava Firuli, começou a assistir as aulas sem estar dentro do vidro.

O engraçado é que o Firuli desenhava melhor que qualquer um, o Firuli respondia perguntas mais depressa que OS outros, o Firuli era muito mais engraçado...

E OS professores não gostavam nada disso...

Afinal, o Firuli podia ser um mal exemplo pra nós...

E nós morríamos de inveja dele, que ficava no bem-bom, de perna esticada, quando queria ele espreguiçava, e até mesmo que gozava a cara DA gente que vivia preso.

Então um dia um menino DA minha classe falou que também não IA entrar no vidro.



Dona Demência ficou furiosa, deu um coque nele e ele acabou tendo que se meter no vidro, como qualquer um.

Mas no dia seguinte duas meninas resolveram que não iam entrar no vidro também:

- Se o Firuli pode por que é que nós não podemos?

Mas Dona Demência não era sopa.

Deu um coque em cada uma, e lá se foram elas, cada uma pro seu vidro...

Já no outro dia a coisa tinha engrossado.

Já tinha oito meninos que não queriam saber de entrar nos vidros.



Dona Demência perdeu a paciência e mandou chamar seu Hermenegildo que era o diretor lá DA escola.

Seu Hermenegildo chegou muito desconfiado:

- Aposto que essa rebelião foi fomentada pelo Firuli. É um perigo esse tipo de gente aqui na escola. Um perigo!

A gente não sabia o que é que queria dizer fomentada, mas entendeu muito bem que ele estava falando mal do Firuli.

E seu Hermenegildo não conversou mais. Começou a pegar as meninos um por um e enfiar á força dentro dos vidros.



Mas nós estávamos loucos para sair também, e pra cada um que ele conseguia enfiar dentro do vidro - já tinha dois fora.

E todo mundo começou a correr do seu Hermenegildo, que era pra ele não pegar a gente, e na correria começamos a derrubar os vidros.

E quebramos um vidro, depois quebramos outro e outro mais dona Demência já estava na janela gritando - SOCORRO! VÂNDALOS! BÀRBAROS!

(pra ela bárbaro era xingação).
Chamem o Bombeiro, o exército da Salvação, a Polícia Feminina...



Os professores das outras classes mandaram cada um, um aluno para ver o que estava acontecendo.

E quando os alunos voltaram e contaram a farra que estava na 6° série todo mundo ficou assanhado e começou a sair dos vidros.

Na pressa de sair começaram a esbarrar uns nos outros e os vidros começaram a cair e a quebrar.

Foi um custo botar ordem na escola e o diretor achou melhor mandar todo mundo pra casa, que era pra pensar num castigo bem grande, pro dia seguinte.

Então eles descobriram que a maior parte dos vidros estava quebrada e que ia ficar muito caro comprar aquela vidraria tudo de novo.



Então diante disso seu Hermenegildo pensou um pocadinho, e começou a contar pra todo mundo que em outros lugares tinha umas escolas que não usavam vidro nem nada, e que dava bem certo, as crianças gostavam muito mais.

E que de agora em diante ia ser assim: nada de vidro, cada um podia se esticar um bocadinho, não precisava ficar duro nem nada, e que a escola agora ia se chamar Escola Experimental.

Dona Demência, que apesar do nome não era louca nem nada, ainda disse timidamente:

- Mas seu Hermenegildo, Escola Experimental não é bem isso...



Seu Hermenegildo não se pertubou:

- Não tem importância. Agente começa experimentando isso. Depois a gente experimenta outras coisas...

E foi assim que na minha terra começaram a aparecer as Escolas Experimentais.

Depois aconteceram muitas coisas, que um dia eu ainda vou contar...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Mediação, o que é e como acontece?

Estou lendo  um livro chamado Mediação da  Aprendizagem que traz muitas contribuições  de Feuerstein e de Vygotsky, chego a conclusão que minhas  dúvidas e  questionamentos estão trilhando  caminhos  certos.

Buscar  entender a mediação na aprendizagem é compreender de  que  forma acontece a aprendizagem no ser humano.

Toda minha infância  foi mediada por minha mãe e por meu pai, que  procuravam despertar em mim a vontade de aprender a aprender, a busca de me fazer compreender que lendo,  eu seria de algum  modo  livre para  voar como um pássaro, e assim ser  autora da minha  própria história.

Depois de anos tentando  fazer com que minha equipe de professores compeendessem a importancia da mediação na aprendizagem,chego a conclusão que ainda  tenho um vasto caminho a percorrer e  eles  também. 

Ao professor não basta ensinar, ao professor compete mediar.

Vemos hoje um discurso  muito  usado em quase todas as escolas do  país: " O  aluno  precisa  aprender a aprender" na realidade isso  virou um jargão, que na maioria das vezes não acontece. Todo  professor precisa  ter em mente que  necessita mudar sua   forma de agir , mudar o estilo de suas  aulas, precisa alcançar este aluno  na integra, ou a  aprendizagem não irá  acontecer. Nos  cursos  de  graduação, pós-  graduação e etc vemos professores  nos  aconselhando a lecionarmos de  forma a  transmitir as informações aos nossos alunados de forma que os mesmos  consigam  perceber e entender o que queremos transmitir. Os professores de uma forma geral até  tentam mas  a grande maioria não sabe  como fazer isto acontecer. 

Nas Universidades , lemos  textos retirados de livros e não  livros inteiros, por este motivo,  apenas  refletimos o que diz  um capítulo,ou seja fazemos sinteses e discutimos o conteúdofracionado, não  nos dão espaço para  sermos autores de nossa prática, não nos deixam espaço para  produzir bons textos, e assim  formamos professores que  não  acham importante a criação, damos valores a cópias. Como  diria  Jung " nascemos original e morremos cópia". É bem  verdade que isso  acontece, portanto, precisamos de modelos  para  serem  seguidos, mas  que modelos  estamos seguindo?formando?  como exigir  do professor, mudanças? Então levantamos  uma questão: Qual a diferença entre ensinar  e mediar? ou seja qual a diferença entre ser professor e ser mediador? Um professor pode ser mediador? Como fazer deste aluno autor de sua história ou  que não seja apenas um  transmissor de conhecimentos , mas que seja  produtor de conhecimentos , que saiba desenvolver sua autonomia para  poder aprender a aprender.Formando-se assim  como que diz nossa LDB, cidadão  do mundo, crítico , reflexivo, justo e eficaz nas suas ações e consciente de seu papel no mundo e na sociedade.

Logo lendo e buscando sobre mediação pude compreender que mediar é uma espécie de interação especializada em que a "aprendizagem encontra a "autonomia para aprender" e juntas, possibilitam a  contrução de pessoas com capacidade de andar por si só na contrução do conhecimento." Compreedendo que mediar é  tão importante , me  retrato a minha infância  para  descrever um pouco  sobre  como a mediação  foi  importante na minha formação  não só  academica como  pessoal.

Minha mãe  de uma certa forma me vem hoje a lembrança como a primeira mediadora  que conheci e talvéz a  mais importante. Em toda minha  infância, lembro  dela lendo e me  fazendo depois  narrar  o que ela  havia lido  de forma que  eu pudesse não  decorar sua fala, mas  de alguma forma oportunizar a minha criação, ou seja  que  eu pudesse descrever de que forma compreendi o que ela  havia lido. O mais engraçado  disso é que ela não tinha instrução, não havia feito um curso  superior, nem pós graduação e nem tão puco mestrado ou doutorado em educação. Havia  sim,  todo um encantamento em sua  fala,  que até hoje a escuto  contando  com  tanta emoção  por exemplo,  a história de Cachinhos de ouro, e  eu  enquanto  ouvinte me deixava penetrar  por  esse mundo do faz de conta, e assim  ia  de uma certa forma  construindo meus saberes e no dialógo com  ela, sendo autora da minha  própria imaginação, reconstruindo tais experiências mentais e verbais,  formalizando assim o aprender a aprender hoje tão  divulgado.Nas trocas, nos dircursos, nas conversas  conseguimos de alguma  forma transmitir  nossa  aprendizagem, ou seja  com  dizia Vygotsky  é na interação que o homem se faz homem.

E buscando em Feuerstein  e estudando sua  proposta que tem por  base as experiências de aprendizagem mediada  e a avaliação de potencial de desenvolvimento, que  procuro  base  para meu questionamento  sobre  como podemos aprender a aprender? de que  forma  podemos mediar um aluno? Será que o mediador pode ser um facilitador da aprendizagem? e  de que forma  esse mediador poderá  atuar na escola?Eses  questinamnetos me fazem  buscar  em minha  prática , primeiro como  professora e depois como coordenadora que que forma podemos formar pessoas que compreendam  a importância de mediar.

De uma certa forma  hoje o que vemos nas salas de aula são alunos com limitações de curiosidades, de exploração, desta forma não  conseguimos motivá-los a  compreender o que  aprendem.

 





quinta-feira, 27 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

Problemas de Aprendizagem

O  processo de aprendizagem se realaciona  ao que o indivíduo recebe de sua  cultura,  constituindo assim a palavra Educação e esta  está  atribuida a quatro funções interdependentes:

a) Função mantenedora da educação;
b) Função socializadora da educação;
c) Função repressora da educação;
d) Função  transformadora da educação.